quinta-feira, 28 de maio de 2009

nós, soluços que desata


Por mim Enquanto ele dorme II Por ela
Pintura s/Tela Pintura s/Tela Pintura s/Tela

nós, soluços que desata


és tu que vejo estender-me os braços
prende-me toda, amor, prende-me bem
grito teu nome numa sede estranha.
(florbela espanca).


ao que provoca o desejo e o que o desejo provoca em nós é a plasticidade de elieni tenório propondo-se em espasmos-sequência de silêncios entre nós/sons. é esse intervalo de armar/amar, sussurrando no corpo a cor do pecado – nexus y sexus, no que a luxúria respira também resolve o amor, transpirando-o entre os desassossegos da paixão.
A crônica de elieni provoca-nos uma vontade irresistível: de continuamente nos entregarmos e sermos capturados; apostamos na insegurança da relação de um nós.
As cenas obscenas nos assistem, nos amarram e nós/nus amamos compulsivamente. O objeto do prazer nos objeta, e nos sujeita à própria sarjeta a que o coração nos ata; o ser amado nos responde com seu deboche.
“o amor é um castigo” ( margarite yourcenar) e o verbo é punir aos pronomes eu y tu que não conseguiram permanecer sós; antes preferiram conjurar carne: eu mordo, tu mordes, nós morremos. Por nós elieni liberta os sons de suas imagens - amantes desejando senão nosso corpo, amados possuindo nossa alma.
Suas cores nos embriagam – vinho lambendo nosso ego para nos elevar/revelar aos cantos y prantos num soluço insaciável.


benoni araujo
poeta
julho - 2001

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